sexta-feira, 22 de agosto de 2008

| A Ofensa da Cruz |

A Ofensa da Cruz

“Pregamos a Cristo crucificado... pedra de tropeço” I Co 1:23 Um grande clamor subiu dos judeus zombeteiros, insultuosos, o qual passou sobre o Redentor Crucificado: “Se ele é o Rei de Israel, desça agora da cruz e creremos nele”. Nós lemos que “os mesmos impropérios lhe dirigiam também os ladrões que haviam sido crucificado com Ele”. Nos últimos anos um grande clamor, um eco dessa antiga súplica, tem subido da Igreja. Se Cristo tão somente descesse da Cruz! Nós queremos o Cristo do Monte, cremos no Cristo do ministério de cura, amamos o Cristo do exemplo sublime, pregamos o Cristo do evangelho social – mas o Cristo da cruz é uma ofensa. “Desça Ele agora da cruz e creremos nEle”. Mas o Rei não desceu. Seu direito à realeza nunca esteve mais divino do que naquela terrível hora. Seria do madeiro amaldiçoado que Ele reinaria. Foi ali que Ele lavrou a redenção. Foi quando dali Ele clamou “Está consumado”, que “fenderam-se as rochas e abriram-se os sepulcros”. Foi quando Ele provou a morte ali por todos os homens que o véu do templo foi partido, como símbolo da abertura do caminho de acesso imediato à presença de Deus para todos os filhos dos homens. Foi nessa ocasião que soou a hora de Deus – o alvorecer da era cristã. Foi nessa ocasião que o grilhões de uma humanidade escravizada foram quebrados. É desse vergonhoso madeiro, por mais mortificante que seja a ofensa da Cruz, que o Rei ainda reina. De nenhum outro trono Ele estabelecerá o Seu Reino.Um vulcão em convulsão pode representar bem a inquietação do mundo de hoje. Será que não há um caminho de saída? Não há esperança? Não há algum fundamento seguro para alegria humana? Não existe algum remédio para os males da ordem social? É melhor que sejamos honestos quanto a essas questões e admitamos que, humanamente falando, não há um caminho de saída. Um otimismo tolo que se recusa a encarar os fatos somente aprofunda a vergonha e a dor. É como tocar violino sobre a Roma em chamas. Não há caminho algum de saída a não ser o caminho de Jesus. E o caminho de Jesus é o caminho da cruz. Mais cedo ou mais tarde a experiência leva a pessoa a reconhecer este fato. Ou é a cruz ou o orgulho com todos os seus males conseqüentes. Que são as guerras, as antipatias raciais, o insano acúmulo de riqueza diante da miséria de milhões, os conflitos em todas as formas, as injustiças sociais que levam a terra a gemer e lamentar-se, senão os frutos inevitáveis dessa amaldiçoada árvore que chamamos de orgulho do homem? Não há mal que não tenha o orgulho, em alguma forma, como sua raiz. Não há mal que não tenha brotado do fato do homem depender de si próprio, em vez de depender de Deus. Qualquer tentativa de curar as feridas da nossa ordem social leprosa que não atinja as raízes do orgulho, conduz a um beco sem saída. O golpe desferido pelo Filho de Deus ao morrer na cruz do Calvário, atingindo a “vida do eu” do homem – o machado de Deus colocado à raiz da árvore do orgulho – foi universal. Foi suficiente para demolir o universo de pecado. Foi suficiente para engolir dez mil oceanos de leviandade. Nada mais pode matar o monstro do orgulho humano. Nós, porém, não temos desejado nos submeter ao veredicto do Gólgota. Não temos desejado expor o câncer do pecado e do orgulho à radioterapia da cruz. Temos evitado o desfecho supremo que o nosso Senhor crucificado deu ao mundo. Entretanto, a Igreja ainda tem a chave de ouro para tal situação. É a cruz de Cristo. Quando Jesus falou aos Seus discípulos da necessidade dos Seus sofrimentos e morte sobre a cruz, Pedro procurou dissuadi-lO. Jesus se voltou para ele com ardente reprovação: “Arreda! Satanás, porque não cogitas as cousas de Deus, e, sim, das dos homens”. Em nossos dias, quanto do serviço cristão, ministério e mensagem vêem sob esta ardente condenação! É uma ofensa. Cogitam das coisas da “carne”. Não é de Deus. Está faltando a cruz. Não brota de uma unidade com o Cristo crucificado e ressurreto. O Calvário não está no seu âmago. Deus não pode possuir tal serviço, ele não redime. Autor: F. J. Huegel Extraído da revista, À Maturidade, número 28, Outono de 1996 --- O homem necessitaNão de opiniões, mas sim da VERDADE. Não de teologia, mas sim de DEUS. Não de religião, mas sim de CRISTO. Não de literatura e ciência, mas sim de conhecer o AMOR DE DEUS, gratuitamente incluído no dom do Seu amado Filho Unigênito.

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